quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Resenha: "Em Chamas"

"Catching Fire"

Suzanne Collins

Editora Rocco

413 páginas

"Jogos Vorazes" #2

[Alexandre D'Elia]


- Sinopse -
Depois de ganhar os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Os jogos completam 75 anos, momento de se realizar o terceiro Massacre Quaternário, uma edição da luta na arena com regras ainda mais duras que acontece a cada 25 anos. Katniss e Peeta, então, se veem diante de situação totalmente inesperada e, dessa vez, além de lutar por suas próprias vidas, terão que proteger  seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem.

ATENÇÃO!
Esta resenha contém spoilers imprevisíveis.
Favor ler a droga do livro.

- A Primeira Impressão -
Eu estava querendo mesmo que as coisas pegassem fogo. Fiquei com muito medo de que 'tudo ficasse bem; passou, passou', pois não é assim que uma distopia funciona, e o final do livro anterior me deu a pensar que seria exatamente assim. E já que fiquei um [bom] tempo esperando pela chegada da minha edição estadunidense, fui aliviando minha ansiedade com resenhas que me davam uma boa base do que encontraria a seguir.

- O Desenrolar da Estória -
Durante mais do que a metade desse livro eu fui tomado pelo tédio. Mesmo com várias revelações importantes, senti vontade de morreeeer enquanto Suzanne falava e nada de esplêndido acontecia. E por mais que eu tentasse me envolver, a coisa só ficou melhor quando Cinna morreu e os Jogos recomeçaram.
Os novos personagens e o mistério da arena me incentivaram ainda mais a continuar, mas não foi isso que compensou todos os "maus momentos" que passei enquanto lia.

- Pontos Negativos e Holofotes -
Juro que me senti como alguém da Capital na maior parte desse livro... tipo 'Ok... agora cadê as brigas?'.
O segundo livro de uma trilogia (ou mesmo de uma série normal) é uma coisa complicada, pois você não pode seguir o estilo do primeiro volume, e muito menos ir de cara com a história. Deve ser uma 'ponte', um 'aquecimento' entre a introdução e o grandfinale. Infelizmente, eu não me surpreendi com grande parte desse volume, que foi mais de faíscas que de fogo. Apenas o final (que eu li tremendo) realmente deu um grande salto para o terceiro livro. Mas o resto do livro estava muito manjado - Peeta e Katniss ficam juntos, blá... Um monte de gente morre, blá... A Capital ferra com todo mundo... -, assim como o primeiro.

- O Trabalho da Editora -
Pelo que pareceu, o tradutor deixou o livro menos entediante, porque todos falam que esse foi o melhor. A edição ficou linda, mas ainda assim recomendo a original, principalmente pra quem ainda quer aperfeiçoar seu inglês assim como eu.

- Com relação ao Filme -
*atualizado - 15/11/2013*
Gente, que filme foi esse? Uma fotografia linda, tensão em cada segundo e muito mais sangue e sofrimento (hellooo, isso é uma distopia), questões políticas bem mais aprofundadas, trilha sonora perfeita (e olha, galera, a Katniss fala!). Não sei nem o que dizer. Ainda tô chocado - e olha que nem tava tão animado assim. Meus parabéns a Frances Lawrence por respeitar os fãs, dando-nos mais fé nas adaptações livro-filme, que andavam tão desengonçadas e descartáveis... Realmente, fiquei EM CHAMAS, muito mais do que com o livro, se é que querem saber...

- Nota -

TICK TOCK

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- Book Trailer -


- Sobre a Autora -

Suzanne Collins é escritora e roteirista de programas infantis, formada em escrita dramática pela New York University. Fez vários roteiros para a Nickelodeon. Entre 2003 e 2007, Suzanne escreveu os cinco livros da série de fantasia “The Underland Chronicles”. Em 2008, lançou “The Hunger Games”, primeiro livro da trilogia homônima. A inspiração veio quando ela assistia TV: mudando de canal, viu um reality show que passava ao mesmo tempo em que outro canal transmitia cenas da Guerra do Iraque. Suzanne inseriu essa junção num contexto de mitologia grega e em suas noções de efeitos de guerra. "The Hunger Games" está na lista de best-sellers do The New York Times há mais de sessenta semanas e sua adaptação cinematográfica está em fase de pré-produção.

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